Tecnologia Educacional na Espanha

Voltemos a 1985, quando o Ministério da Educação desenvolveu dois projetos nomeados como Mercúrio para a área audiovisual e Athena para assuntos relacionados à informática, que seria responsável por ministrar indução sobre novas tecnologias nas instituições de ensino. 

Então, em 1989, o Programa de Novas tecnologias de informação e comunicação conhecida pela sigla PNTIC, que seria a entidade responsável pela execução dos referidos projetos Mercúrio e Atenas. Estes projectos motivaram a criação de outros com características semelhantes, pelas Comunidades Autónomas com competências em matéria educativa.

Principal razão da criação do PNTIC

  • Introdução progressiva de Novas Tecnologias de Informação e Comunicação.
  • Fornecer suporte para a criação, desenvolvimento e avaliação de aplicações de tecnologia de informática e comunicação.
  • Aconselhar e apoiar as Agências do Ministério da Educação e Ciência nesta matéria.
  • Ser a entidade responsável por decidir e definir as características técnicas dos programas e equipamentos informáticos fornecidos aos centros educativos, ajustadas à evolução tecnológica.
  • Incentivar a colaboração com instituições e organizações, privadas e públicas, bem como centros industriais e de serviços para o desenvolvimento de novos ambientes de aprendizagem, criação de programas educativos, bem como concepção de novos dispositivos informáticos.
  • Responsável pela definição das linhas de implementação dos Projetos Mercury e Atenea.
  • Coordenar e aconselhar sobre o papel do Ministério da Educação e Ciência dentro e fora do país em relação às NTIC e ao ensino primário e secundário.
Tecnologia educativa

Tecnologia disponível para este projeto

Na altura, a tecnologia que estava disponível e que tinha maior aceitação tinha a ver com o computador IBM e o sistema operativo MSDOS, depois ocorreu um grande avanço com a introdução do sistema Microsoft Windows, bem como a introdução do rato para usar o computador.

Por outro lado, em 1991, o Ministério da Educação, especificamente o PNTIC, desenvolveu o Projeto Mentor, que é uma iniciativa que ofereceu aos adultos a integração nesta experiência e deu-lhes a oportunidade de se desenvolverem tanto pessoal como profissionalmente. Este projecto utilizou a rede Ibertext, que consistia numa interface com as mesmas características do videotexto utilizado pela televisão. Este se tornou um dos pioneiros em teleeducação através de sistemas de comunicação em todo o mundo. Este projeto, que continua a ser desenvolvido hoje após 29 anos ininterruptos, teve início em 10 localidades de Castela e Leão, através de uma infraestrutura física denominada Mentor Classrooms localizada além da Espanha, em outros países da América Latina e cuja formação é realizada inteiramente através de a Internet.

Introdução da internet no campo educacional

No período de 1996 a 2000, foi efectuada a transferência de competências educativas para as Comunidades Autónomas. Em 1996, os centros educativos começaram a ligar-se à Internet, primeiro através da rede nacional Infovìa, depois ligando-se a modems com velocidade de 56 kbps. Nesse mesmo ano, 1996, o Ministério da Educação disponibilizou aos professores e centros educativos ligações à Internet, web e email. Neste momento, a resistência à mudança e o medo de novos conhecimentos começam a ser ultrapassados ​​e o impacto económico da tecnologia começa a ser visto como um investimento e não como uma despesa. Neste ponto, a tecnologia infectou a todos e se tornou um processo massivo.

No 1997 o Ministério da Educação incorpora os centros rurais nesta ideia, com o Projeto Aldeia Digital. Que forneço às escolas das Comunidades Autónomas sob a responsabilidade do Ministério da Educação, internet, modems e linhas de comunicação. Incorporando neste projeto uma população de 2.500 localidades, 70.000 alunos e 7.000 professores.

Além do Projeto Aldeia Digital, também foi desenvolvido o projeto de teleeducação para alunos em salas de aula hospitalares. Bem como, a modernização das bibliotecas escolares com o software Abies, que foi desenvolvido no atual Abiesweb.

Criação do CNICE

O Centro Nacional de Informação e Comunicação Educacional foi criado em 2000, incorporando o Programa de Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (PNTIC) e o Centro de Inovação e Desenvolvimento da Educação a Distância (CIDEAD). O objetivo é aplicar novas tecnologias de informação e comunicação à educação. Da mesma forma, a criação do referido instituto tem a responsabilidade de desenvolver novas tecnologias para adaptá-las à teleeducação e avançar na educação a distância.

Em 2008, o CNICE tornou-se Instituto Superior de Formação e Rede de Recursos para Professores (ISFRRP), com a função de incorporar a sociedade da informação na educação e criar novas formas de teleeducação. Bem como desenvolver e divulgar materiais curriculares e materiais de apoio à investigação na área do ensino e atualização de professores.

Em 2009, o ISFRRP foi substituído pelo Instituto de Tecnologias Educacionais (ITE) com o objetivo de fazer do material digital e audiovisual ferramentas de trabalho diário dos professores nas salas de aula. Bem como a manutenção do portal de recursos educacionais do Departamento e a incorporação de redes sociais para troca de recursos e experiências dos professores.

Início da cultura digital na Espanha

A chegada do tecnologia A forma como fazemos as coisas, como fazer compras e comunicar diariamente, mudou as nossas vidas. Desde 2008, está disponível em Espanha uma ligação comercial à Internet de fibra óptica, o que levou a um aumento da utilização da Internet como recurso de aprendizagem nas salas de aula. Ao longo de todos estes anos, foi incentivado o acesso à Internet nas salas de aula, dotando alunos e professores dos equipamentos tecnológicos necessários, bem como a criação de plataformas e materiais online para o ensino. O projeto Escola 2.0, que teve como objetivo integrar o TIC em centros educativos em Espanha, através do fornecimento de infraestruturas e ligação à Internet. E mesmo que o resultado não tenha sido um aumento na qualidade educacional, a digitalização nos centros educacionais tem proporcionado uma aprendizagem inclusiva e flexível, dando prioridade ao indivíduo na aprendizagem, respeitando o ritmo de cada um. Neste sentido, os professores acreditam que os alunos ficam mais interessados ​​e motivados se as TIC forem utilizadas na sala de aula. Da mesma forma, os alunos pensam que o uso da tecnologia torna mais fácil para eles aprenderem novos conhecimentos.